De começo era só segredo, desses assim bem contado
Não demorou virou sonho,e a moça ficava de rosto corado
Dai se fez vontade, e a moça escreveu um poema safado
Vacilou bateu um vento, e o safado do escrito sumiu
Foi culpa de Maria, que abriu a janela em dia de friu
Já N'outro dia, pernas no mundo, foi a moça a luta
Pelas ruas nem poema nem vento, segue a moça na labuta
Tropeçou deu de cara com o moço, abismou se! Ficou muda
Alcançou seu segredo na venda, sendo contado a boca miúda.
Pela rua dos amores, lugarejo mais humilde
Escutou o seu poema, já em boca de Matilde
E foi passando casa a dentro, beco ruas e quintais
A moça parou refletiu em silencio e certezas " Esse ai não pego mais".
Edson Rosa
Labuta- Trabalho
Boca miúda- Algo falado baixinho
Boca de Matilde- Algo já sendo comentado por todos
Óleo sobre tela - Georgia Lobo
terça-feira, 18 de março de 2014
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Belo texto, poeta!
ResponderExcluir