segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Jardins Suspensos

Quem pensa que és fazendo esse teu Zuduê?
Esse teu zum, zum, zum hora dessa entrega você.
Sou a tão falada viúva a quem teus súditos maltrata.
Porem atenta a ti
Pois teu fazer é doce, envenena e mata.
Fiquei sabendo do teu mel e do amor a tua rainha.
E de como és cruel aos que ultrapassam tua linha.
Confesso... Esse teu ferrão me excita e teu zumbido me incendeia.
Nesse jardim suspenso querida, sou rainha solitária num emaranhar de teia
Por tais razões sois eu aranha assim como aos meus olhos és tu Abelha.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Ora Nega

Vamo logo minha nega, que se não vai pegar mal.
Vai correndo pro teu samba, logo logo é carnaval.
Só não vá com muito excesso , que teu grupo é de acesso
Andou correndo do destino é nega? Olha o tempo que perdeu.
Foi brincar de amor por fora nega? Haaa... nessa ai alguém sofreu.
Vi teu nome numa rua, não te importes, aquele já não tem mais vez.
Nada que uma chuvinha, se não uma... duas três
Enquanto isso ganhe tempo nega, e tira logo isso tudo do peito
Com teu príncipe de cara feia
Vá com Deus e bom proveito.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Noves Fora

Que do sorriso no quadrinho
Só nos reste a memoria
Pras necessidades do teu corpo, cada dia sem as tais
Vos nomeio de vitoria.
Pros lamentos dos teus 'Ais'
Sinto muito... moratória.
Pelo tempo que tomastes
Seja Justa
! Quero mora.
Pros caprichos de Maria, um anel sem muita gloria
Do outro lado da sarjeta, um metal jogado fora.
Nossas dores e amores
Que pecado... Noves fora.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Noticia Crônica


Ei senhor, senhor, então tome nota

Agora és hipertenso.

Como...? Poeta? Não senhor “H -I -P -E -R -T- E- N -S- O” entendeu?

Então senhora, poeta! Ou a senhora acha que é fácil pra eles?

Não consegues vê-lo em aflição em seus versos bem falados?

Não consegues ver tensão nesses ‘hipertensionados’?

Tu não vês senhora? Não sente?

Ainda ontem cruzei com um na esquina correndo atrás do amor, coitado.

Hoje no caminho tava o danado aos berros gritando esse tal de amor rua a fora.

Senhora... Esse tal de amor é rico?

Ou o poeta que é pobre?

O amor também é hipertenso?

Ou o poeta que é um nobre?

Devo seguir vida de poeta ou atravancar uma vida pobre?

Tu não sabes senhora? Não sente?

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Cadeira Cativa

Vejo aqui tua cadeira cativa ...
..e me cativa!
Ao ve-la sozinha me sinto cativado a por nela tua Bunda
Pois se trata de uma cadeira cativa.
Sensibilizado pelo óbvio, ponho me de moderado à módico a...
esperar tua bunda para a cadeira cativa.
Ser Abandonativo. 'Ana que seja doce'

Banzo

Eram como manadas de bois, em carros de bois, vida de bois. Todavia bois não haviam! Sim mãos negras, mãos que fariam a história dessa terra, mãos que contrastavam com o algodão branco que era colhido pelas mesmas, artigo de luxo! Cousa que negrinho “tu” jamais vestiria.

Dentes brancos e fortes.... “esse eu quero!” disse o senhor de engenho feliz ao saber que estava acabando de adquirir mais um negro através de um escambo barato, “vendido!” disse um conterrâneo burguês, com seu odor fétido de navio negreiro, sem saber que acabara de propagar o conceito capital, conceito no qual retiraria os bem providos de melanina da situação na qual viviam. A saudade da mãe África era tão grande que até os mais fortes não suportavam, a tristeza vos dominava e os derrotava como fossem pragas.

“ Luanda sunce é livre!, não se rendera aos capricho de sinhazinha branquela mimada” dizia com orgulho Zaudé, após seu rebento a beira de um rio ceio da rainha das águas, a qual acalmava a alma daquele povo que tanto sofria. Passou o tempo... Luanda vingou como o café em terra fértil, todavia Zaudé não tinha mais aquele vigor de outrora , sua mocidade tinha sido repassada e traduzida em coxas grossas e siluetas afinadas de Luanda, siluetas capazes de reluzir brilho nos olhos azuis de Fernando, filho do barão, homem que deu a Luanda os mesmos pares de olhos azuis. Ora! Acha mesmo que Zé preto da cara cinzenta da perna cinzenta daria fruto mulato..

De que valeria aquela alforria de nascença se nada poderia mudar... “Mãos ótimas que tens Luanda, seremos grandes amigas! Papai jamais te castigaras de novo” dizia a sinhazinha de sangue azul contrariando o desejo de dona Zaudé, que agora de volta ao mesmo rio onde banhou se em batismo, foi molestada e por votos de felicidades pariu Luanda, aguarda a tristeza e a saudade do banzo a arrastarem com sigo.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Versos em Calango


Ê Xangô, ta ai teu menino dado à sorte ao destino sedento de amor.

Ê Caô! És teus olhos semblante da lua brilhante de Ogun seguidor.

Sim sinhô, da patota de Cosme, das armas de Jorge ti mininu calçô.

Quem falô
, que teu santo é pagão, que teu Cosme e Damião dia desamparô.


Ê Xangô, em pedido à suncê, da juízo ao Erê do guri sofredor.

Hó senhor alimenta tua fome pra que um dia vos chame ti mininu doutô.

Peço licença à todas licenças poéticas pelo mesmo, pois sem tais o Calango em sua simplicidade não existiria.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Santificada seja a Santa

Com sua santa poesia
E um inferno nos quadris
Foi parando a rua toda
Sorria e parecia ser feliz.

Essa santa tão precoce,
Tomou o samba como posse
E com toda sua coisa fez historias pra contar.

Quem mandou duvidar
Quem mandou quem mandou duvidar...

A santa como posse,
Tomou meu peito tão precoce
Disse coisas que só pode ao ouvido confessar
Afogado no problema não há santa nem novena
Que me faça flutuar

O segredo é esperar... Que hora dessa ela passa
Se quebrando só de graça
Nem tão santa, mas devassa
Só pro ‘doutorzin’ chorar.

Quem mandou duvidar
Quem mandou quem mandou duvidar...

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Mucama

... Deveria ter por pseudônimo ‘mulata’, Por que é assim que é,
É assim que sua pele arde.
É assim que tragas, é bem assim que te trago.
Expliquei que os lábios servem pra estar atrás da orelha, te puxei o cabelo recitando besteira Desejando teu cheiro mucama!
Despi ardor do teu fio de cabelo á medula, Mas tu firme, inda que de sorriso falso manteve se ao pódio. - Que ódio-
Te pego sua preta... Como um corte te furo, te fumo, te curo.
Papai disse que eu deveria fazer... Do teu corpo meu prazer, uma arte, e em você...
Uma surra de chicote, de chicote, de chicote pra arder.
Teu cheiro, meu corpo, num só corpo e em você...
Uma surra de chicote, de chicote pra arder.